Entre os diversos eventos paralelos à Conferência Rio+20, a visitação ao navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, foi uma das atrações mais badaladas pelos cariocas, turistas e ativistas que estavam na cidade. Eu também estive lá e gravei um vídeo para compartilhar com quem sempre teve curiosidade de conhecer este navio, mas por qualquer motivo não pôde ir, confira aí.
Este é o último post da cobertura especial do Coluna Zero durante a Rio+20. Nada melhor do que fechar com chave de ouro. Acredito que, além de mim, existam outros entusiastas do Greenpeace, que admiram a ousadia, a responsabilidade, a resiliência e, acima de tudo, sua independência – um importante fator que inspira as diretrizes deste blog. Espero que gostem do vídeo e que consigam se sentir um pouquinho neste navio.
Como é de costume aqui no Coluna Zero, gravei da forma mais informal possível, encarando sol, fila e espera junto com todos os outros visitantes. A ideia é que você assista e se sinta como um visitante – diferente das matérias convencionais da imprensa – além disso, é uma maneira de prestigiar a equipe de voluntários do Greenpeace que trabalhou duro recebendo muito bem os visitantes, confira aí:
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O Rainbow Warrior ficou atracado durante a Rio+20 no Píer Mauá, no Rio de Janeiro, e agora segue sua jornada até Santos – SP. Quem estiver por lá poderá visitar o navio neste fim de semana. Mais informações aqui.
O navio
A terceira geração do Rainbow Warrior – outros dois navios já foram batizados com o mesmo nome – foi lançada aos mares em outubro de 2011, após 27 meses de construção. Desde então, a embarcação é referência em sustentabilidade náutica. Cada detalhe foi pensado para ser energeticamente eficiente, sustentável e com a menor pegada de carbono possível, desde o tamanho de suas velas até o sistema de tratamento de água e resíduos.
A embarcação tem 58 metros de comprimento e 11 de largura - o mesmo comprimento de duas baleias azuis. Transporta mais carga, mais tripulação e tem um maior espaço operacional que as outras duas versões do guerreiro anteriores. Com dois mastros de 55 metros de altura e velas que, juntas, ocupam a mesma área de quatro quadras de tênis, o Rainbow Warrior aproveita ao máximo a energia dos ventos para se mover. Seu motor de propulsão diesel-elétrica é acionado apenas sob condições climáticas desfavoráveis ou em ações que exijam velocidade máxima. Mesmo assim, o design inovador do casco permite que menos combustível seja gasto, com menos emissão de gases poluentes.
A construção do navio só foi possível graças ao apoio de mais de 3 milhões de colaboradores regulares do Greenpeace em todo o mundo, além de 100 mil doações específicas.
Sustentabilidade
Para a construção do novo Rainbow Warrior, o Greenpeace utilizou os mais modernos conceitos de sustentabilidade, que fazem do navio uma referência em redução da pegada de carbono. Conheça as principais características que o tornam mais verde:
• O casco foi desenhado para reduzir atritos e aumentar sua eficiência energética, economizando combustível e aproveitando melhor a força dos ventos;
• Tratamento biológico de água e esgoto;
• Central de armazenamento de combustível e de óleos para evitar derramamento;
• Reutilização do calor do motor e dos geradores para aquecer a água e as cabines da tripulação;
• Equipamentos para o tratamento de gases de escape, que reduzem as emissões nocivas;
• Motor de propulsão eletrônica a diesel, mais eficiente;
• Pintura com tinta livre de TBT (substância de elevada toxicidade);
• Refrigeração à base de amônia em lugar de CFC – gás de alta toxicidade e que afeta a camada de ozônio.
Desmatamento Zero
O Coluna Zero está apoiando a campanha Desmatamento Zero, lançada pelo Greenpeace durante a Rio+20. A proposta parte do princípio que o único índice tolerável de desmatamento é o zero. Há vários países do mundo que pararam de desmatar suas florestas faz mais de um século. O Brasil pode ser ainda melhor: a primeira nação que se desenvolveu ao mesmo tempo em que soube preservar sua riqueza florestal.
O objetivo é obter 1,4 milhão de assinaturas de eleitores brasileiros, para que um projeto de lei de iniciativa popular seja levado ao Congresso. Ela tem também o objetivo de gerar um debate sobre o tema na sociedade e aumentar a pressão pela sua aprovação.
Você pode clicar aqui para assinar a petição ou obter mais informações através do site do Greenpeace ou da Liga das Florestas.
Agradecimentos à Ximena Leiva, Danicley de Aguiar e a toda equipe de voluntários do Greenpeace, pela atenção, simpatia e respeito que teve com todos nós, os visitantes.