Por Bruno Rezende.
Caso tenha recebido essa publicação via RSS ou e-mail, clique aqui para assistir ao vídeo.
Fora a estranha ideia de ensacar o refrigerante, qualquer pessoa que já viu um comercial da Coca-Cola notará que este vídeo está totalmente fora dos históricos padrões de qualidade da marca. A edição não é boa a qualidade de áudio e vídeo é péssima. E para quem conhece um pouquinho de internet iria estranhar que uma notícia tão “inovadora” não tivesse sido publicada pelo próprio perfil da empresa no Youtube, mas na conta de um usuário qualquer.
O que me assusta nisso tudo é a falta de cuidado da imprensa em lidar com a informação. Já não bastasse eu ter que ver blogs de publicitários falando abobrinhas, argumentando sobre o branding da marca e adaptação ao mercado local de El Salvador, ainda vi blogs ambientais, que até então tinha o saco plástico como vilão, elogiando a nova embalagem por ser biodegradável e para finalizar diversos portais de notícia com credibilidade repassando a informação. Para ilustrar deixo os links dos mais recentes, este aqui e aqui.
Esses veículos publicaram a notícia hoje, sendo que um porta-voz da Coca-Cola CO. confirmou no último dia 10 (há quase uma semana) que o vídeo é falso (ou hoax) e que a empresa não tem planos para produzi-los em qualquer parte do mundo. Mais informações sobre o comunicado neste site.
Não estou querendo defender a marca, mas questionar o papel da nossa imprensa. Qual o problema dos nossos jornalistas? Preguiça, pressa, incompetência ou tudo isso? Não é a primeira vez que vejo a imprensa replicar informações absurdas e patéticas como esta. Sempre falo aqui que nos sobra notícia e falta informação. Falta também imaginação, pois sequer passou pela cabeça desse jornalista uma pergunta simples: como é possível manter um refrigerante gaseificado em um saco plástico?
Bom, a mentira foi desmascarada – infelizmente ainda não foi divulgada pela nossa imprensa – mas agora eu pergunto: Quem estaria por trás deste vídeo? Algum grupo ambiental, algum grupo da indústria de polímeros ou alguém que realmente não tinha nada melhor para fazer?
Já imaginou chegar a um bar de El Salvador e pedir um saco de Coca-Cola? E se isso fosse mentira e a imprensa brasileira estivesse divulgando como verdade? Pois é exatamente isso que está acontecendo.
No início do mês correu a notícia de que a Coca-Cola estaria com planos de lançar na América Central um novo recipiente para o seu refrigerante, um saco plástico - no estilo zip-lock - biodegradável. A informação partiu de um vídeo espalhado pelas redes sociais, confira:
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Fora a estranha ideia de ensacar o refrigerante, qualquer pessoa que já viu um comercial da Coca-Cola notará que este vídeo está totalmente fora dos históricos padrões de qualidade da marca. A edição não é boa a qualidade de áudio e vídeo é péssima. E para quem conhece um pouquinho de internet iria estranhar que uma notícia tão “inovadora” não tivesse sido publicada pelo próprio perfil da empresa no Youtube, mas na conta de um usuário qualquer.
O que me assusta nisso tudo é a falta de cuidado da imprensa em lidar com a informação. Já não bastasse eu ter que ver blogs de publicitários falando abobrinhas, argumentando sobre o branding da marca e adaptação ao mercado local de El Salvador, ainda vi blogs ambientais, que até então tinha o saco plástico como vilão, elogiando a nova embalagem por ser biodegradável e para finalizar diversos portais de notícia com credibilidade repassando a informação. Para ilustrar deixo os links dos mais recentes, este aqui e aqui.
Esses veículos publicaram a notícia hoje, sendo que um porta-voz da Coca-Cola CO. confirmou no último dia 10 (há quase uma semana) que o vídeo é falso (ou hoax) e que a empresa não tem planos para produzi-los em qualquer parte do mundo. Mais informações sobre o comunicado neste site.
Não estou querendo defender a marca, mas questionar o papel da nossa imprensa. Qual o problema dos nossos jornalistas? Preguiça, pressa, incompetência ou tudo isso? Não é a primeira vez que vejo a imprensa replicar informações absurdas e patéticas como esta. Sempre falo aqui que nos sobra notícia e falta informação. Falta também imaginação, pois sequer passou pela cabeça desse jornalista uma pergunta simples: como é possível manter um refrigerante gaseificado em um saco plástico?
Bom, a mentira foi desmascarada – infelizmente ainda não foi divulgada pela nossa imprensa – mas agora eu pergunto: Quem estaria por trás deste vídeo? Algum grupo ambiental, algum grupo da indústria de polímeros ou alguém que realmente não tinha nada melhor para fazer?