Você é um verde otário?

Por Bruno Rezende.

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Se ainda não é, tome cuidado para não se tornar mais um. Encontrei recentemente o termo “verde otário” no vídeo que publiquei abaixo. Este termo resumiu muito bem a situação pela qual muito dos consumidores se submetem diariamente sem perceber o real sentido do seu comportamento. Por exemplo, o consumidor acha que está ajudando o meio ambiente ao comprar uma “ecobag”, mas na verdade só ajuda o orçamento de determinada empresa. Para entender melhor esta idéia do verde otário, assista abaixo ao vídeo e depois darei andamento à postagem:.


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Em primeiro lugar, meus parabéns ao Gian Carlo Bellotti, que assina a autoria deste vídeo. De uma forma bem humorada e em poucos minutos ele apresentou a face dessa fraude mercadológica ambiental.

Em janeiro de 2010 eu já havia escrito a postagem “O fracasso das Ecobags nos supermercados”, onde relatei a questão do verdadeiro objetivo dos supermercados com relação às ecobags, estava na cara que de “ambiental” só existia o conceito. Sabe qual foi a única coisa que mudou em relação ao ano passado? Os modelos de ecobags empoeirando nos mercados e o aumento de fábricas e empresas comercializando isso.

Na semana passada vi no Twitter umas dessas várias empresas supostamente corretas, por se basearem num apelo ambiental, divulgando: - Conheça nossa nova linha de ecobags para o verão. Não agüentei e questionei: - Como assim? Ecobag é igual em qualquer estação do ano. A resposta que obtive foi essa: - Era só para incentivar!
Claro, incentivar o consumo. A proposta ambiental da ecobag ficou de lado há muito tempo, agora é só um produto, uma bolsa como outra qualquer. Não importa aonde ela é feita, como é feita, se usa trabalho escravo, se a empresa paga impostos, nada importa! Só importa ter uma ecobag, ou melhor, várias ecobags para cada dia da semana, local adequado, estação do ano...

Acho incrível como algumas pessoas, incluindo empresas e até outros blogueiros ditos ecológicos, não entenderem que o consumo desenfreado é a principal causa dos problemas ambientais. Enquanto sustentarmos uma economia baseada nos lucros, que não se calcula os recursos naturais que temos disponíveis para produzir, esses produtos ambientais são meros engodos, soluções paliativas sem o menor potencial de provocar alguma mudança positiva.

O mesmo problema relatado aqui com a ecobag acontece com milhares de outros produtos supostamente ambientais. A dica é sempre ficar de olho e avaliar se existe mesmo uma proposta ou é apenas a boa e velha mão marketing invadindo sua mente e seu bolso.

E aguardem meus amigos, vem aí mais um novo absurdo do Greenwashing nacional: o primeiro site de compras coletivas sustentáveis! (desde quando um site de compras coletivas pode ser sinônimo de alguma atitude sustentável?) Não, não é brincadeira. Tem um pessoal em São Paulo criando este absurdo. Quando o negócio estiver ativo dedicarei uma postagem especial para eles, com muito sangue no olho.




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